...
Foi só mais um ano. Felizmente.
Olá?
És tu que vens comigo neste comboio?
Vamos, então, de mão dada.
Nos bolsos, quase nada.
Umas moedas trocadas,
E o tostão furado da fome que tenho.
Vamos sem sequer chegar a partir,
Porque lá chegar não implica ir.
Esse Jorge de quem falas,
Tinha mãos de pianista?
Acho que sei quem ele é,
Tal como eu é masoquista
E mais quer ser desenraizado,
Que ir embora e ser consumado.