E agora?
Há uma batida demoníaca, que martela a minha cabeça, ao ritmo dos meus passos. Neurótica, demente, misturada com uma voz de anjo, dourada e prateada, acomoda as minhas chagas, na força da melodia rude e suja.
Já não se faz música, poesia, amor ou ódio, deste corpo que cheira a mofo.
Há uma gota de sangue, que se aventura nos braços da gravidade.
E agora?
Agora o chão está sujo e os meus olhos só vêem um grande ponto de interrogação, lá ao fundo, escondido da linha do horizonte.
Fuma-se mais um cigarro...