#11
Mão direita de dedos flagelados
E unhas grandes,
Que não se cansa de fazer as cordas
Vibrar.
A mesma mão direita
Que já foi perfeita
E te afagou os cabelos
E te secou as lágrimas
A mesma mão direita
Que já foi perfeita
E segurou cartas de amor
Ridículas.
Mão esquerda,
Outrora descartável,
Que nunca segurou os teus cabelos
E agora é maestra
Dos meus sons.
Sons,
Que enchem o vazio que nunca preencheste.