22.14.9.30

Por mais que queira, não consigo escrever nada sobre ti ou que tenha sequer a ver contigo.

Não sei porquê, mas desconfio que é vergonha.

Vergonha de admitir o abrupto contraste daquilo que te escrevi e daquilo que te escreveria.

 

Fica descansada, que as palavras nunca escreverão aquilo que somos, que elas são demasiado fracas.

 

És a única que me escuta, em vez de me ouvir.

És a única que rima, quando oiço.

Tornaste-te tanto, no tão pouco que sou.

 

 

 

Por Rita Ribeiro.

(www.aquedadaviola.blogs.sapo.pt)

 

publicado por Gualter Ego às 23:33 | link do post