Sábado, 03.09.11

Cocó.

Quando vou obrar e há um pedaço de cocó que teima em não se ir com a força da água, aquela potência hidráulica causada pelo mecanismo do autoclismo, caio sempre no erro de lhe chamar cagalhão de merda.
E é assim que um insulto imponderado se transforma num pleonasmo brejeiro, mas que tem a sua certa piada naquele determinado ensejo.

publicado por Gualter Ego às 22:52 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Do homem e da cerveja.

Dizem, alguns,

Que um rapaz passa a ser homem

Quando lhe crescem pêlos

Nos colhões.

 

Tenho pelos nos colhões

Desde os treze anos
E tanto quanto sei
Não me tornei homem.

 

Dizem, outras,
Que um rapaz passa a ser homem
Quando perde a virgindade.

Perdi-a
E nunca mais a encontrei
E não me tornei homem.

 

Dizem, também,

Que um rapaz passa a ser homem
Quando ganha barba.

Ora, eu já tenho barba -
Notável, bem negra
E pontiaguda -
E não me tornei homem.

 

Porém, esta noite,
Dormirei como homem,
Tendo acordado rapaz menino,

Pois que hoje,
Num gesto desatento,
Meu pai tirou duas cervejas do frigorífico,
E deu-me uma delas a beber.

 

Vimos o futebol
E bebemos as cervejas,
Os dois, juntos,
Como pai e como filho.

 

Sou, agora,
Um homem.

 

(Tanto quanto

Eu me fizer.)

publicado por Gualter Ego às 13:33 | link do post | comentar
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