As lobas.
Quanto à senilidade das palavras, é nos gestos que se mostram os restos de humanidade que ainda possa haver no coração de alguém com o destino mais traçado que à nascença.
- Estás um bonito rapaz.
- Estou?
- Tu guarda-te...
- Guardo-me de quem?
- Delas, das lobas...
E sorriu e apertou-me a mão e eu apertei-lhe a mão e sorri-lhe em complacência, como que lhe dizendo telepaticamente, que, ó vó, como é que consegues sempre adivinhar o que há de mal com o teu menino?