Lua.
O vento arrebata os pinheiros,
O vento varre montes inteiros,
Tenho-lhe a secura nos lábios,
Tenho-lhe a força de cem guerreiros.
E a Lua, lá do cimo,
Redonda e brilhante,
Candura, todo aquele semblante,
Olha por mim, no escuro,
Corre, futuro,
Ofegante.
E a Lua, lá do cimo,
Vê por onde vou,
Se eu souber para onde vou.
E toda a força que restou
Foi a dos homens que a Lua amou.