ó.
Escura é a noite,
Nas trevas do meu peito,
Acre é teu chorar,
Se tão doce possa ser o teu olhar.
Escura é a noite,
Nas trevas do meu peito,
Para te esperar, que haja lume,
Por tu me desejares, haja ciúme.
Disseram a deus: levanta aquela pedra acolá.
Mas deus não a levantou,
Porque a deus tudo é possível,
E não será pecado o desnível,
(Nem o pecado incomodará o verbo),
De a tal pedra nem sequer olhar,
Nem a tentação do soslaio se fazer chegar,
E por tal decidiu em não lhe tocar,
Por mais não se incomodar,
Que para levantar pedras fez ele o Homem.
A sublime existência do senhor é eterna,
Não é exclusiva dos tempos que correm,
Se por eterna podermos dizer que deus é velho,
Ele só não levanta o pedregulho porque é coxo e
Já não vai para jovem.