Um homem também sonha.
Tenho a carteira vazia,
No bolso do casaco de flanela;
Prometi-lhe um vestido,
Se esta noite sonhar com ela.
E um slow regado a vinho tinto,
Com velas acesas e fumo de cigarro
Rodopiando até ao tecto,
Dançando com o corpo que agora agarro.
A cama dela é quente,
Os lençóis e a sua pele, imaculados,
Aqui, debaixo dos lençóis, na sua pele,
Todos os meus crimes são perdoados.
Depois, acordarei, atordoado:
Não a terei ao meu lado, para me aquecer.
Vestirei o casaco de flanela,
E regarei a goela com vinho tinto, para esquecer.