Terça-feira, 24.08.10

Mãe.

Penteias-me o cabelo com as tuas mãos sacrificadas.

E, nesse gesto, gostava que visses brilhar, nos meus olhos, aquela inocência que ainda há dentro de mim, por mais que cresça, por mais pedaços de mim que morram, por mais palavras que escreva.

 

Mãe, eu amo-te.

publicado por Gualter Ego às 01:49 | link do post | comentar | ver comentários (3)

O teu corpo e os meus olhos.

Com as minhas mãos, posso fazer, do teu corpo, música, poesia, pintura.

Com os meus olhos, torno-te desejo vil e lascivo.

publicado por Gualter Ego às 01:48 | link do post | comentar | ver comentários (2)

E era tão bonito, se fôssemos todos.

Algo me impede de deitar a minha cabeça, fechar os olhos e descansar.

Algo me empurra os dedos.

Algo me faz suar as palavras.

 

E esse algo está a tornar-me louco, miserável e indolente. E mesmo com o torpor da cabeça a latejar, sorrio. Afinal de contas, sou louco, não sou?

publicado por Gualter Ego às 01:43 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Mulheres.

A criação mais sublime e bem conseguinda de Deus. A melhor arma do Diabo.

És tu mulher, feita de carne e cabelos ondulados, que me fazes enlouquecer no teu cheiro e padecer em cada curva do teu corpo. Desejo é desejo em toda a parte. Desejo é raiva, desejo é loucura, desejo é perversão. Desejo é pintar, rimar, gritar.

 

O desejo culmina e termina, sempre, no corpo de uma mulher.

Termina, em glória, na tirania que é o corpo de uma mulher.

publicado por Gualter Ego às 01:34 | link do post | comentar | ver comentários (4)

O teu corpo.

Tenho calor e sede, porque o teu corpo me faz ter calor e sede.

 

publicado por Gualter Ego às 01:32 | link do post | comentar
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