Introdução à vida aborrecida de um serial killer II
Acorda por volta das dez da manhã, toma o pequeno almoço, café e torradas, põe os óculos e lê o jornal. Agarra-se à máquina de escrever, das onze à uma e depois almoça.
De tarde, veste um sobretudo e calça um par de botas e sai à rua à procura de uma qualquer rapariga de cara agradável e peito generoso, cabelos loiros, de preferência, olhos penetrantes ou confusos em si próprios, debaixo do céu cinzento, entre os prédios e o asfalto molhado.
Senta-se num ou outro banco de jardim, observa os sapatos de quem passa, fuma um maço, começa um segundo e volta a casa.
Janta, dá os restos ao gato e põe-se a ler, à lareira, a ouvir o jazz que sai da telefonia.
Suspira e adormece.