Sexta-feira, 06.08.10

Introdução à vida aborrecida de um serial killer II

Acorda por volta das dez da manhã, toma o pequeno almoço, café e torradas, põe os óculos e lê o jornal. Agarra-se à máquina de escrever, das onze à uma e depois almoça.

De tarde, veste um sobretudo e calça um par de botas e sai à rua à procura de uma qualquer rapariga de cara agradável e peito generoso, cabelos loiros, de preferência, olhos penetrantes ou confusos em si próprios, debaixo do céu cinzento, entre os prédios e o asfalto molhado.

Senta-se num ou outro banco de jardim, observa os sapatos de quem passa, fuma um maço, começa um segundo e volta a casa.

Janta, dá os restos ao gato e põe-se a ler, à lareira, a ouvir o jazz que sai da telefonia.

Suspira e adormece.

publicado por Gualter Ego às 18:06 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Do fumo.

Arde.

Arde mais que mato, apagado às lágrimas de desespero do povo que vive da terra a arder.

Fumega o chão, debaixo dos pés de quem vive do dever.

 

O Inferno é quente, quarenta graus à sombra, porque arde, mas isto não é o Inferno e arde igualmente.

publicado por Gualter Ego às 16:41 | link do post | comentar
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