À Rita.
Ensina-me a falar como quem pensa; veste-me com o branco do teu sorriso.
Sobre a luz fraca do candeeiro da mesa de cabeceira que alumia a careca do Santo António, que lá está com o Menino ao colo, olho o meu tecto.
Pelo meu olhar passam insectos a voar, em direcção às quatro paredes, meio perdidos, concerteza. Eles não pertencem aqui, foram chamados pela luz do meu candeeiro e, no caso dos mosquitos, pelo calor do meu sangue doce. Espelho-me, em certa parte, neles.
Bzzzz. Bzzzz.
Não estou no sítio certo.
Não estou no sítio certo.
Não se bebe uísque por copos de papel.
Não pertenço aqui.
E os insectos não param de voar por cima da minha cabeça.
Bzzzz. Bzzz.
"And now the question's:
Do I kill them?
Become their friend?
Do I eat them?
Raw or well done?
Do I trick them?
I don't think they're that dumb
Do I join them?"
Bzzzz. Bzzzz.