No Inverno.
Estes dias de Inverno têm sido quase insustentáveis sem ti.
Digo "quase" porque a minha mãe uma vez disse-me que é má educação depender de alguém.
Estes dias de Inverno têm sido quase insustentáveis sem ti.
Digo "quase" porque a minha mãe uma vez disse-me que é má educação depender de alguém.
Quem é que eu sou?
Consigo lembrar-me de três pessoas, pelo menos, que conseguiriam responder a esta pergunta sem sequer pronunciar o meu nome e tu és, incontestavelmente, uma delas.
É fascinante como todos se amam uns aos outros e, no fundo, ninguém gosta de ninguém.
Eu limito-me a não gostar de mim próprio.
Não sei como se dança ao som de blues, mas nós assim o fizemos.
Descalços, à luz das velas, rodopiávamos pela sala, acompanhados pelo Lee Hooker.
O vinho tinha-te já subido à cabeça e despias-te, enquanto me beijavas o pescoço e me passas as mãos pelo peito.
Fizemo-lo ali.
Acordámos e fumámos, juntos, um cigarro perfeito, se é que algum cigarro pode ser perfeito.
Depois bebemos café. (E, meu amor, o café nunca me tinha sabido tão bem.)
I'm an island: I'm surrounded by words.
And by words I mean water.
I hope the words keep on coming, until they drown me.
I just beg for a cup of coffee, just "one more cup of coffee before I go to the valley bellow...".