Beirão.
Estou todo mordido das melgas,
Mordido do escuro que faz às quatro da manhã,
Farto de fazer rimar o corpo com o resto
E farto de dar o corpo ao manifesto.
Vou afogar-me em beirão,
Acender a luz do coração,
Deixar de parte toda a arte,
E martelar em letras a desrazão.