O sono.
Tenho bom corpo
Para dormir no soalho,
Ou no frio da pedra,
Se é dormir que mais me aflige,
Durmo até no poisio do orvalho.
Sono manhoso,
Irmão de morte tão cálida.
Rastejo dentro da carne minha,
Chego-me às dores,
E atiro-me à almofada.
O sono são preparos de bate-bota,
Uma projecção, de tantas, pálida,
Da sorte que nos alcança e nos diz,
- Dorme hoje, que o amanhã te quis.