A chuva que não vem.
Todo eu sou aquilo que o espelho não me conta.
Sussura, vai sussurando,
Escolhendo aquilo que faz de mim um corpo,
Corpo que não sou eu, que isto é só um corpo,
Como cálice de vinho-sangue.
É na inércia do sangue seco,
Que a minha alma se detém.
Este corpo é tudo o que a alma tem,
Mais a chuva que não vem.