Esta noite sou uma mulher.
O meu corpo transpira medo e revolta, entregando-me a ti, ás cegas.
Os lençóis de cetim acariciam-me a palidez do peito e das pernas, que contrasta com a escuridão e a perdição da fonte em que há muito tempo esperas por beber. A frieza das tuas mãos ásperas, alimentado-se nos meus seios, arrebata o meu pudor, arrepia tudo o que eu sou.
Quero-te, finalmente, alheia à razão e áquilo que ela me diz, dentro de mim.