Sexta-feira, 04.02.11

A chuva que não vem.

Todo eu sou aquilo que o espelho não me conta.

Sussura, vai sussurando,

Escolhendo aquilo que faz de mim um corpo,

Corpo que não sou eu, que isto é só um corpo,

Como cálice de vinho-sangue.

 

É na inércia do sangue seco,

Que a minha alma se detém.

Este corpo é tudo o que a alma tem,

Mais a chuva que não vem.

publicado por Gualter Ego às 23:56 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Serias tudo o que eu beijo.

Doido que é doido,

Não sabe que é doido.

Aurora não sabe o que aurora será,

Para os homens.

 

E esta aurora branca,

Âmbar de reflexos,

Chilrear de pertinente passaredo,

É o começo e o término de um desenterro.

 

Não é tarde, nem é cedo,

Homem que é doido não tem medo;

Tenho a minha loucura na ponta da língua,

Na ponta de dedo.

 

Tenho a loucura trancada na escuridão

Que foge pelo buraco da fechadura do meu quarto,

Toda a doidice que acarto.

É doidice escura,

Da noite que se arrasta no meu lençol.

 

Lençol, nicotina, etanol,

Desejo, orgasmo e espera,

Quem sou, não sei, não era,

Ou éramos dois, menos que três,

Seguramente,

Suor a fervilhar na carne quente,

Certamente.

E veio a força do que é meu,

Junte-se a força do que ainda é teu,

O nosso amor, meu amor,

Teu amor, morreu.

publicado por Gualter Ego às 23:43 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Faca.

Dúctil e maleável,

Alma minha;

Meu amor,

Poisa a faca,

Teus olhos bastam,

Mas o desejo é inegável,

E a bigamia traz calor.

publicado por Gualter Ego às 00:07 | link do post | comentar
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