Amor clandestino
Não sou mais teu analgésico,
Não sou mais o fumo do teu cigarro.
Nem tu és mais punheta antes de dormir,
E quando te canto já não puxo o catarro.
Não julgues que há ódio
Dentro de mim,
Porque todo o meu amor,
Eu espalhei por aí
Em cada esquina um verso
Em cada rima o inverso
Se a solidão me enlouquece
E o teu corpo, tão longe, não me aquece
Que acabe o mundo, a vida e a fé
Que o futuro nada mais que nós ele é
Assim me matas, sem pudor
Sem sentir de ti o velho calor
Se nos achas proibidos,
Se me dizes corrompido
Voltemos a respirar o mesmo ar,
Entre o estar longe e o beijar